26.10.06

Alimentação ética. Tendência mundial do consumo consciente

Por Luiz Marinho
Fonte: Blue Bus

O setor de alimentaçao está passando por uma revoluçao, impulsionada pelos consumidores que exigem mais produtos orgânicos, frescos e produzidos localmente e de maneira responsável, ou seja, sem a exploraçao dos empregados pelas empresas nem uso de mao de obra infantil.


Esse mercado, que já está sendo chamado de 'Alimentaçao Ética' cresceu 62% desde 2002 e deve continuar se expandindo ainda mais rapidamente nos próximos anos. Pena que eu esteja falando da Inglaterra, onde 1/3 das pessoas estao dispostas a pagar mais por produtos de empresas éticas, segundo pesquisas recentes.

Enquanto isso, aqui no Brasil, nossos consumidores ainda nao se tocaram do poder que possuem nem da importância da ética. Resultado? O consumo consciente ainda está restrito a um punhado de pessoas. Por isso relevamos os erros de algumas empresas, que desrespeitam os direitos do consumidor e insistem em práticas irregulares, em vez de puni-las deixando de comprar seus produtos.

Por outro lado, as empresas socialmente responsáveis podem até obter a admiraçao de alguns, mas seus esforços não costumam ser habitualmente recompensados pelos clientes, no ponto de venda. Sem a pressao da sociedade e dos consumidores, dificilmente veremos progredir por aqui tendências bacanas, como essa. Infelizmente.

Agora, eu

Mas este cenário tende a se reorganizar. O consumo consciente por aqui poderá ser alavancado pela participação ativa da mídia nesse processo. Estimular esses hábitos é questão de vida ou morte. Segundo um estudo publicado pelo grupo ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a população mundial usará duas vezes mais recursos do que o planeta é capaz de produzir dentro de 50 anos. Hoje a população mundial já supera a capacidade da Terra de regenerar recursos em 25%.

Segundo o relatório, cada pessoa ocupa uma "pegada ecológica" equivalente a 2,2 hectares em termos de sua capacidade de poluir ou de consumir energia e outros recursos - inclusive comida-, enquanto o planeta só é capaz de oferecer individualmente 1,8 hectare. O WWF calcula que mesmo uma reversão rápida em hábitos de consumo só trariam o mundo de volta aos níveis de 1980 em 2040.

Nem terrorismo, nem bomba nuclear vai ocupar mais a agenda dos governos do que a crise na alimentação mundial. Sem contar que a desnutrição, que atinge números assustadores, permance por conta de vontade política. E a obesidade que se tornou uma epidemia mundial? Concordo com a Glória: a era do petróleo cedeu lugar para a era da gastronomia.


Ainda não conseguir atualizar com novas informações do congresso! Bendito fast-time!

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